História

Mapa de Alvalade

O NOSSO BAIRRO

Edifícios com poucos pisos, sempre em tons pastéis. Uns quantos arranha-céus. Traçado de ruas planas e planeadas. Numa ponta, o Santo António. Na outra, a igreja de linhas retas que trouxe a modernidade na década de 1950. O emaranhado de vias que, de quando em vez, faz nascer uma praça, um oásis. As andorinhas de Bordalo Pinheiro em revoada, os barquinhos a remo do Jardim Mário Soares, os gelados da Conchanata. O comércio de rua, que teima em sobreviver. Os restaurantes novos, que insistem em chegar. Cafés cheios de histórias, esquinas idem. Um pé no futuro, outro bem cravado no passado. Alvalade.

Nascido em meados do século 19, o bairro não se conteve em ser contemporâneo apenas à altura. Tem o sido tantas outras vezes, seja com a chegada da arquitetura de vanguarda nos anos 1930, com as estações de metro nos anos 1970 ou com a Cidade Universitária na década seguinte. Saudosas são as tertúlias que testemunharam o nascimento do cinema novo português nas madrugadas sem fim do Vá-Vá, quando o bairro se tornou o reduto de eleição de artistas, de realizadores, de poetas. Os mesmos que ainda hoje se indignam com um pormenor: o bairro não tem uma marcha!

Mas o tempo não para. A freguesia cresceu, com a incorporação do Campo Grande e de São João de Brito, ampliando as fronteiras em 2013. A Avenida da Igreja está mais multicultural do que nunca. Os Capitão Fausto estão a mil a criar novos acordes. O RCA segue o palco por excelência do heavy metal em Lisboa.

Viver Alvalade. Mais do que uma plataforma sobre os estilos de vida de um dos bairros mais lisboetas da capital, um convite. A passear pelas frondosas áreas verdes, a provar clássicos da culinária à moda antiga, a fazer compras num dos mercados mais incríveis da cidade, a fazer uma pausa ou duas. A viver.

A viver Alvalade.